Roberto Frenkel published an op-ed in an Argentine newspaper (here in Spanish) in which he says that while anti-inflation policy by the ECB in Spain was ineffective, but "the same anti inflation policy of the European Central Bank was effective in Germany. There it had an important component of cooperation. The Bundesbank participates in the negotiation of wage increases with the unions." The idea that the ECB has been effective in Germany is peculiar, to say the least.
One of the most criticized elements of German policy, at least by heterodox authors like Jörg Bibow for example, is the wage restraint and fiscal austerity. As he says (p. 20):
Note also that Germany, in spite of its relative success, has grown over the whole euro period less than the US. A peculiar notion of successful anti-inflationary policy. Frenkel seems to suggest that Argentina may still not need to resort to the sort of stabilization (which he calls heroic) based on a nominal exchange rate anchor, but can do with normal fiscal and monetary restraint. In his view, inflation is always and in every place a matter of excess demand.
It misses the point that fiscal austerity in Germany and in Europe has had the role of keeping the working class demands in line. In other words, the very same real wage stagnation that you see above. I guess in Argentina the 'heterodox' thing to do now, if you believe Frenkel, is the old IMF/Monetarist solution, big devaluation cum fiscal and monetary contraction!
One of the most criticized elements of German policy, at least by heterodox authors like Jörg Bibow for example, is the wage restraint and fiscal austerity. As he says (p. 20):
"With domestic demand persistently 'sick,' thanks to unconditional austerity and wage restraint, exports were Germany’s lifeline and sole—albeit cyclical—engine of growth. Protracted stagnation in Germany meant a correspondingly easier 'one-size-fits-all' ECB stance for Euroland, far too easy for the periphery, where bubbles were nourished as a result."In fact, as the picture below (h/t Franklin Serrano) shows, real wages in Germany have not expanded with productivity and have been stagnant in the euro era, in fact falling a little bit.
It misses the point that fiscal austerity in Germany and in Europe has had the role of keeping the working class demands in line. In other words, the very same real wage stagnation that you see above. I guess in Argentina the 'heterodox' thing to do now, if you believe Frenkel, is the old IMF/Monetarist solution, big devaluation cum fiscal and monetary contraction!
ECB's policy of anti-inflation is a neoliberal trojan horse. Great recent paper on the issue can be found here: http://www.boeckler.de/pdf/v_2010_10_29_bellofiore_et_al.pdf
ReplyDeleteI have a question for you.. if inflation is caused by distributive conflicts.. why does it hold a positive relationship with output gap?
ReplyDeleteShort answer: it doesn’t. Check the post on the Phillips curve here (http://nakedkeynesianism.blogspot.com/2013/01/phillips-curve-what-curve.html). This is a typical case of theory ahead of facts. For the most part there is a weak relation between unemployment or output and inflation in developed countries and none for developing. Note that in the US, the unemployment rate went well below the 6% ‘natural’ level in the 1990s and no inflation materialized.
DeleteThen the mainstream came up with the notion of a time varying NAIRU or natural rate. Note that this one is measured often as some sort of an average of the actual (like potential GDP, which is often some average, HP filter, of the actual). Then they tell you that the average is the attractor of the actual. Not a serious proposition.
So the real question is, if there is scant evidence for a natural rate, and it has logical problems (see post on the capital debates http://nakedkeynesianism.blogspot.com/2012/03/capital-debates-brief-introduction.html) why in hell do the mainstream cling to it?
Forgot to tell you, as it was mentioned several times in the blog, that there might be an indirect relation between low unemployment and inflation, which has nothing to do with the natural rate, and the output gap. Low unemployment implies more bargaining power for the labor class, and may lead to cost push inflation. The channel, evidence suggests, is weak.
DeleteObviamente é preferível usar os custos marginais porque estes são uma variável concreta que pode ser medida objetivamente, enquanto o hiato do produto é apenas uma abstração teórica cuja medição depende de várias suposições subjetivas sobre como o mundo funciona
ReplyDeletemas a relacao e positiva
Pior ainda. Os custos marginais tampouco são observados, e as empresas em geral seguem algum tipo de principío do custo total (full cost pricing). Nenhuma firma deixa de produzir pq os custos marginais sejam crescentes. Por sinal, a crítica de Sraffa a curva de oferta da firma marshalliana é definitiva. Há pouca razão empírica, ou lógica, para acreditar num limite rígido da oferta como a taxa natural ou o hiato de produto. A inflação certamente pode ser de demanda, embora raramente seja, mas nesse caso é o poder de barganha dos trabalhadores que conta.
DeleteOu seja, voce ta confundido um deslocamento da curva de oferta com um movimento ao longo da curva de custos, causado pela DEMANDA!
ReplyDeleteNão entendi. Se o salario sobe como voce bem disse, há um aumento dos custos. É um movimento ao longo da curva de custos e portanto uma inflação de demanda, e nao é rara
ReplyDeleteVamos lá. Como você introduziu o tema dos custos marginais, que imagino você sugeriu pelo uso do Galí e Gertler da participação dos salários como proxi dos custos marginais na curva de Phillips Novo Keynesiana, eu tentei te explicar que toda a idéia de precificação da firma baseada em custos marginais tem problemas lógicos insuperáveis. Há que ler Sraffa (1926). Postarei algo sobre o assunto se puder.
DeleteHá relação entre as decisões de preços das empresas e os preços agregados dos quais trata a questão da curva de Phillips é complexa, uma vez que mesmo que as empresas sigam uma regra de custos totais, ou seja um mark up normal sobre os custos totais, esse mark up normal pode não corresponder ao de equilíbrio de longo prazo. Há uma discussão sobre isso no blog, num post antigo do Franklin Serrano se não me engano.
Em outras palavras, esqueça da firma (e da teoria neoclássica sobre ela, que é irrelevante para o caso). Sobre a curva de Phillips mesma então, estamos no lado da oferta. O ponto é que a evidencia não sugere que a economia tenha inflação porque esta perto do limite da capacidade produtiva (na teoria neoclássica, isso é que supostamente relaciona como você fez o limite da taxa natural com os custos marginais crescentes das firmas). Os EEUU teve desemprego abaixo de 4% só em 4 breves períodos, nos anos 40, 50, 60 e 90, e só nos 3 primeiros inflação, que poderia ser dita de demanda. Ou seja, é raro. Por isso mesmo a evidencia a favor do hiato de produto é fraca. No Brasil é inexistente. Rode uma regressão e você verá.
PS: Curvas de demanda são outra grande confusão marginalista. Os autores clássicos falavam de condições normais da demanda, mas não tinham nenhuma preocupação com curvas ou funções, até porque não perdiam tempo (e pra que perder) com questões subjetivas.
Não nesse caso os custos sobem (salários) mesmo que a demanda continua a mesma.
Deletehttp://www.modernmoneyandpublicpurpose.com/uploads/1/2/5/3/12534585/political-aspects-of-full-employment.pdf
ReplyDelete"Most experts agree that the one capital good version neoclassical production function is simplistic but, as in all models, the simplistic version is often useful, particularly in empirical work. For this reason, the one capital good model continues to be used by researchers, especially in macroeconomics and growth theory. (nakedkeynes: este é o PIB; PIB: este é o nakedkeynes ).
ReplyDeleteEntão o gasto diminui o desemprego. E o que acontece com a taxa de juros e a inflação se a economia estiver próxima ao potencial? Vocês continuam trabalhando num mundo em que a oferta é infinitamente elástica e preços são fixos. Fora daí não tem qualquer relevância. Ergo, economia da depressão, i.e., um caso particular da macroeconomia.
Desculpe, mas a vida é assim mesmo...
Some theorists, such as Christopher Bliss, Edwin Burmeister, and Frank Hahn, responded to the controversy by arguing that rigorous neoclassical theory is most appropriately set forth in terms of microeconomics and intertemporal general equilibrium models.(ou bem você desiste de falar de macroeconomia e vamos todos discutir modelos de equilíbrio geral com n(x)l(x)t produtos)
DeleteVamos lá outra vez. Note que tudo isto já foi discutido diversas vezes no blog. Primeiro se a economia estiver perto do pleno emprego os preços só subirão se a capacidade produtiva se ajustar mais devagar ao aumento da demanda (a evidência a favor do acelerados é abrumadora, e nenhum modelo econométrico estrutural, seja tipo Godley ou tipo Ray Fair, prescinde dele). Senão você tem inflação de demanda. Como te disse isso ocorreu três vezes nos últimos 80 anos nos EEUU. Assim mesmo o mecanismo não é a trivialidade que você sugere, mas é indireto, relacionado ao poder de barganha dos trabalhadores, e a mudanças dos preços relativos quando a economia esta perto do pleno emprego. Em economias periféricas, em geral antes disso, por problemas de balanço de pagamentos quando a economia se aproxima do pleno emprego, o que há é um perigo de crise externa, que leva à fuga de capital, desvalorização e inflação de custos (pelo aumento do preço dos bens importados). Lamento a evidencia é esta não a abobrinha que te ensinaram (a pergunta é porque você repete; fool me once shame on you, fool me twice shame on me).
Sobre o debate do capital, Hahn, certamente nem Bliss nem Burmeister são relevantes nisso, disse que o Equilibrio Geral desagregado e intertemporal não é aberto a crítica do capital. Ele ta errado. Leia o post sobre o assunto aqui http://nakedkeynesianism.blogspot.com/2012/03/capital-debates-brief-introduction.html. Dito de modo simples, você ainda precisa nos modelos tipo Arrow-Debreu, se você for ter que os juros associados a cada bem de capital estejam inversamente relacionados com a sua escassez ou abundancia relativa, que o investimento agregado (as adições de cada tipo de capital) seja trazido ao equilibrio com a taxa de poupança de pleno emprego. Essa proposição em geral não é valida, e por isso esses modelos continuam abertos à crítica do capital. Noves fora que você tem que explicar qual é o ponto de um modelo sem uma taxa uniforme de lucros, onde não há forças competitivas, que com livre entrada, levem a ela. Eu diria que você precisa comer muito feijão antes de achar que entendeu o debate do capital. Leia tudo o que o Fabio Petri escreveu aqui http://www.econ-pol.unisi.it/petri/ inclusive o manual de micro se você realmente estiver interessado em aprender porque a teoria neoclássica tem problemas lógicos insuperáveis. A vida é assim mesmo, mas não é necessário se desculpar, se você tiver interesse em aprender. Boa sorte!
By the way, debate do capital não tem nada a ver com agregação Irineu, é uma crítica do princípio da substituição, segundo a qual os preços relativos são determinados por oferta e demanda (escassez relativa). Lógica este é o Anonimo, Anonimo esta é alógica.
DeleteIrinieu? Enfim.. sou um graduando, caso não saiba. Mas voltando à vaca fria :
ReplyDeleteÉ por este motivo que a taxa de crescimento dos EUA é de 10% ao ano. não é mesmo? Só botar mais demanda que a oferta ajusta.
Aliás, o mundo só não cresce mais porque não quer. Não há restrições de recursos.
Do início de 2006 até o início de 2008 o desemprego ficou abaixo de 5%, mas não cresceu mais porque faltava demanda. Ah, como é fácil ser economista quando não há restrições...
Não por acaso ao desemprego estava ao redor de 4,5% e a utilização de capacidade na casa de 81%. Pois é, você pode ignorar as restrições de recursos, mas elas não te ignoram.
Outra vez, que confusão dos diabos rapaz. Não os EEU não crescem 10% ao ano porque por razoes políticas a demanda não expande. Veja os números fiscais, depois do pacote de 2009, houve contração. Além disso, a piora da distribuição de renda, como Duesenberry e Kalecki já mostraram, tem impacto negativo sobre a demanda. Por isso só houve expansão com bolha. Não por acaso, só os economistas que entendem disto, como o Godley, com quem trabalhei, já tinha visto a crise vir quando a turma do mainstream estava perdida.
DeleteDe resto a falta de lógica do mainstream não tem relação com o fato de que a alternativa sem restrições. Além disso, ninguém disse que não há restrição de oferta. Ela só não é tão comum como você pensa, nem é relevante para a maior parte das situações. É fato que o acelerados é o único modelo empírico do investimento que funciona, e por isso você tem por definição que a capacidade ajusta a demanda. Sobre a falência da NAIRU, ou seja, da restrição de oferta que você idolatra, veja o texto do Ray Fair (http://fairmodel.econ.yale.edu/rayfair/pdf/1997B.PDF), que diz: This paper tests, using U.S. data, the dynamics implied by the NAIRU view of the relationship between inflation and the unemployment rate. The results are somewhat sensitive to the measure of inflation used, but they generally reject the dynamics.” ‘Nough said.
Seu problema Irineu é que voce nao quer aprender. E isso não tem concerto.
Cada um tem o Eremildo que merece. O Irineu é uma sátira, como o Eremildo do Gaspari. Estudou com bolsa pública no MIT, trabalha no FMI, é reproduz as teorias incoerentes do mainstream, forçando ajustes fiscais irresponsáveis pelo mundo, como se fosse um ser ilustrado. Qualquer relação com um individuo de verdade não é completamente uma coincidência.
ReplyDeletetua critica ao mainstream é de alguem que ainda vive na decada de 50
ReplyDeleteQuanto às questões de (1) convexidade; (2) distribuição; e (3) moeda.
1) Hoje a teoria neoclássica possui formas de lidar com retornos crescentes (ver toda "nova" teoria do comércio, "nova" teoria do crescimento, por exemplo)
2) Já foi discutida aqui. Ou trabalhamos com modelos de um bem, ou com modelos de equilíbrio geral sem agregação;
3) Modelos "cash-in-advance" ou "shopping-time" já resolveram a questão há décadas.
Vamlá. Seus pontos não nem novos, nem corretos e refletem a mesma falta de entendimento sobre qual é a relevância do debate do capital, mostrada antes. Você primeiro achou que era um problema de agregação, mas que isto se faz por simplicidade. Ai tive que te explicar que tem necas a ver com isso. É sobre a lógica do Principio da Substituição que é central pra idéia de que oferta e demanda nos mercados de fatores determinam os preços relativos e as quantidades ótimas utilizadas.
ReplyDeleteAgora você acha que é um problema de incorporar retornos crescentes. Não é. As novas teorias, todas elas com retornos crescentes presumem que uma relação capital-trabalho crescente implica uma taxa de juros mais baixa. Ou seja, a idéia de que a intensidade relativa do bem de capital esta inversamente relacionada com sua remuneração. Essa suposição dos modelos agregativos de capital já sabia Samuelson em 1966 que não são possíveis. O que os modelinhos com base em Dixit e Stiglitz fazem é permitir formalizar os modelos com competição imperfeita (retornos crescentes), mas não resolvem o problema do capital. O fato de que o modelo agregativo tenha voltado a despeito de sua inconsistência atesta o grau de entropia da mainstream. Você já nem sabe o mais quão incoerente é a teoria que utiliza.
O ponto dois, que você não entende, e como não lê os textos que lhe passei (leia o Petri e aprenda) é que os modelos desagregados ainda precisam uma taxa de juros que equalize o investimento com a taxa de poupança de pleno emprego e, portanto, estão abertos à mesma crítica que os modelos agregativos.
Ignorância não é uma resposta adequada lamentavelmente. Embora isso não seja sua culpa. Você só reproduz a ignorância e os erros típicos da profissão. Se não tiver uma tradição de educação critica de casa, que você obviamente não tem para seu azar, a economia convencional ensinada nos livros texto não vai ajudar a desenvolvê-la. Já dizia o Paulo Freire que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. No seu caso, como você não sabe dos limites da teoria neoclássica, acredita acriticamente sem entender porque te disseram, que a teoria neoclássica agora esta livre de todos os problemas. Não há Lao-Tsé que te ensine a pescar Irineu.
nice post :)
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